Gustavo Carneiro, 47 anos, pai de dois filhos.
Praticante regular de Biodanza desde 2015 e atualmente facilitador em supervisão pela Escola de Biodanza SRT do Porto.
Em maio de 2015 tomo contacto pela primeira vez com a Biodanza, após a palavra ter surgido "miracolosamente" durante a viagem de regresso a Lisboa, partilhada com um grupo de companheiros com os quais caminhei até Santiago de Compostela. Dizem que El Camino traz respostas a quem o percorre, a quem consigo carrega perguntas, e sempre achei bonito e especial que algo tão impactante na minha vida fosse surgir assim nos últimos momentos dessa jornada, nos últimos minutos com os meus companheiros. E recordo que quem me falou da Biodanza não se impressionou particularmente com a proposta quando a exprimentou, nem me incentivou de imediato, mas que de algum modo dentro de mim surgia uma nova direção, um novo caminho de luz ténue do qual nada sabia, onde me resgatei e que percorro há mais de 10 anos. Ganhei mais capacidade de escolha e de assumir o que quero, assertividade, imposição de limites, liberdade de expressão acolhida pelo movimento, capacidade de me escutar e escutar o outro. Sobretudo, dei voz e corpo a algo em que sempre acreditei, à capacidade empatica humana, da espécie, onde o principal não é de todo saber o teu nome, o que fazes e o que fizeste, quem és... mas sim dar lugar à aproximação inata pelo reconhecimento da presença do outro, ao gesto, à roda colectiva que coloca a Vida ao centro.
Cada Biodanzante tem a sua história, as suas conquistas, os seus desafios.
A expressão da tua identidade a ti pertence.
Aguardo por ti,
Gustavo